Polícia
A Polícia é uma organização operada pelo Estado, qual o principal objetivo é proteger a classe dominante e seu domínio contínuo perante a classe trabalhadora, através de qualquer violência da sua parte que seja "necessária". Eles estão sempre armados ou ocasionalmente (em certos países) desarmados, mas podem rapidamente tornar-se armados se necessário. Podem ter, ocasionalmente, outras funções auxiliares como o controle do tráfego, mas seu objetivo mais importante é proteger uma classe.[1]
No capitalismo, isso significa que a sua tarefa principal e mais essencial é salvaguardar os ricos, a sua propriedade e o seu sistema explorador de domínio de classe capitalista. A polícia capitalista serve também para furar-greves, expulsar moradores de rua e serem agentes de terrorismo do Estado.[2]
Em cada país
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a polícia geralmente é extremamente racista com poucas exceções. Houve até um grande número de assassinatos de negros americanos desarmados, especialmente por policiais brancos racistas, apenas nos últimos anos, a partir de 2024. O número exato de assassinatos racistas perpetrados pela polícia nos Estados Unidos provavelmente sempre será desconhecido pelo amplo poder de manipulação do Estado, e só agora está sendo criada uma base de dados para coletar esses dados apenas para alguns departamentos de polícia dos EUA.[3] Infelizmente, esse comportamento é comum na polícia.
Brasil
Chacinas policiais são comuns no Brasil[4], e normalmente são mantidos longe do conhecimento público. Algumas das mais famosas chacinas policiais:
- Em 1992, 111 prisioneiros foram mortos e milhares foram feridos no complexo penitenciário Carandiru durante uma rebelião.[5] Os corpos foram empilhados e queimados.
- Em 1959, trabalhadores responsáveis pela construção de Brasília protestaram contra as condições que eles viviam, incluindo a ausência de banheiros, a comida contaminada com baratas e ratos e as poucas camas divididas e empilhadas para mais de cem trabalhadores. 9 trabalhadores foram mortos e 30 foram feridos.[6][7]
- Em 2021, 28 residentes da Favela do Jacarézinho foram mortos em uma chacina sangrenta que aconteceram no decorrer da operação "Exceptis".[8]
- Em 2022, 23 pessoas foram mortas no complexo da Vila Cruzeiro como resultado de uma onda de operações polícias. No mesmo ano, 39 chacinas e 182 mortos.[9]
Ver também
Referências
- ↑ Sam Mitrani (6 de Janeiro de 2015). "The Police Were Created to Control Working Class and Poor People, Not 'Serve and Protect'" in These Times (em Inglês)
- ↑ "And a white hood on every corner" (2 de Abril de 2023). The Red Phoenix (em Inglês)
- ↑ Erika Hayasaki (2015). Police Racism: A Search for Answers ULCA Blueprint (em Inglês)
- ↑ GENI, 2022. Chacinas Policiais (PDF)
- ↑ CBN - Boletins. 1992: massacre do Carandiru deixa 111 presidiários mortos
- ↑ RIBEIRO, Gustavo Lins. O Capital da Esperança: a experiência dos trabalhadores na construção de Brasília. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2008
- ↑ Teixeira, Hermes Aquino. No Tempo da GEB (1956-1960). Trabalho e Violência na Construção de Brasília. Thesaurus, Brasília. 1ª ed. 1996
- ↑ Betim, Cecília Oliveira (2021). Mortos na chacina do Jacarezinho sobem para 28. Ao menos 13 não eram investigados na operação. Revisitado em 9 de Maio, 2021
- ↑ Sobe para 26 o número de mortos em chacina policial na Vila Cruzeiro (RJ). Uol, 26 de Maio em 2022